Meta da Petrobras para 2010 é produzir 2,3 milhões de barris de petróleo por dia

23/11/2005 - 18h43

Rio, 23/11/2005 (Agência Brasil - ABr) - A plataforma P-50, batizada hoje em solenidade que contou com a presença do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, é um dos 19 projetos já em fase de desenvolvimento, que permitirão à Petrobras chegar a 2,3 milhões de barris de petróleo por dia em 2010 – sem contar as descobertas futuras.

Os dados são da Petrobras, que considera auto-suficiência sustentável a produção média anual igual ou superior ao consumo médio anual de derivados do país. Para garantir esse patamar, e ampliar a oferta de gás natural, energia térmica e fontes alternativas – atendendo ao mercado interno de derivados – a Petrobras estima que terá de encomendar cerca de US$ 32 bilhões nos próximos cinco anos, somente na indústria nacional.

"Esse nível de investimento proporcionará a geração de cerca de 662 mil empregos até 2010, sendo 160 mil diretos", ainda de acordo com a Petrobras, cuja expectativa é atingir 860 mil postos de trabalho em 2007, no pico das obras. A estatal acrescenta que os reflexos da produção atual de petróleo são positivos para a economia brasileira, principalmente quando comparados com os números de 1970 a 1990, quando "o país precisava importar grandes volumes de petróleo, com elevados gastos de divisas". Hoje, ao contrário, "a empresa passou a exportadora líquida de petróleo e derivados".

Neste ano, com a entrada em produção das plataformas P-43 e P-48, no complexo Barracuda-Caratinga, também na Bacia de Campos, a Petrobras deverá fechar com uma produção média diária de 1,7 milhão de barris – apenas 100 mil barris a menos do que a demanda de 1,8 milhão de barris de derivados.

A estatal informa também que fechou os nove primeiros meses do ano com superávit em sua balança comercial: exportou 51 mil barris/dia de petróleo a mais do que o volume de suas importações. Enquanto as exportações cresceram 27% no período, as importações de petróleo e derivados caíram 22% e 19% respectivamente, em comparação a igual período de 2004, gerando um superávit de US$ 700 milhões na balança comercial até setembro.