Nielmar deOliveira
Repórter da Agência Brasil
Rio – A Bacia do São Francisco, localizada em terra, acabou se transformando na vedete do primeiro dia da Sétima Rodada de Licitação de áreas para exploração e produção de petróleo e gás natural nas bacias sedimentares do país, promovida pela Agência Nacional do Petróleo (ANP). Bacia com grande potencial para a descoberta de gás natural, o principal foco da rodada, a Bacia do São Francisco teve 39, dos 43 blocos ofertados vendidos pela agência.
A grande surpresa do leilão foi a participação da estreante Geobras – Pesquisas Minerais, uma empresa brasileira sediada em Minas Gerais e que conseguiu levar dez dos blocos ofertados, vencendo na maioria deles, inclusive a Petrobras, pagando R$ 4 milhões em bônus de assinatura..
Em seguida, vem a empresa Argentina Oil M&S que arrematou um total de 22 blocos exploratórios pagando R$ 215 mil de bônus de assinatura. Já a Petrobras arrematou os outros seis blocos pagando R$ 9,7 milhões em bônus de assinatura. A OrtengEquipamentos e Sistema e a Tamar Terminais Aero-Rodo-Maritimos levaram um bloco cada uma. Ao final do primeiro dia da Sétima Rodada de Licitação, Romeo Torres, o presidente da Geobras, uma pequena empresa sediada em Minas Gerais e até então voltada para a área de pesquisas aerogeofísica comemorou o sucesso obtido no leilão, admitindo estar trabalhando em consórcio com grupos de investidores de fundo formado por empresas do Canadá e da China.
"Na verdade agente está trabalhando para um consórcio de fora, o CBC, que tem como meta investir no país US$ 10 bilhões nos próximos sete anos. Se no primeiro ano os trabalhos geofísicos indicarem que a área é propensa a existência de petróleo ou gás, no segundo ano começaram a serem feitos os investimentos mais pesados".