Vítor Abdala
Repórter da Agência Brasil
Rio – A Petrobras garantiu hoje (17) o fornecimento de gás para a Usina Siderúrgica do Ceará, que deverá entrar em funcionamento em 2008. Segundo o acordo assinado no Rio pela estatal, pelo governo do Ceará e por um consórcio de empresas, será fornecido 1,8 milhão de metros cúbicos diários de gás, durante 20 anos, o que é essencial para a implantação do complexo industrial.
O fornecimento do combustível era considerado o último grande passo para a construção da usina que produzirá, anualmente, 1,5 milhão de placas de aço para a exportação. O governador do Ceará, Lúcio Alcântara, disse que a USC impulsionará a economia cearense.
"Durante a construção da usina, serão gerados 3,5 mil empregos. No funcionamento, serão 1,6 mil empregos. Além disso, vão ocorrer investimentos paralelos em fábrica de oxigênio, calcário e no pólo metal-mecânico, que certamente vai se desenvolver a partir da usina. É um empreendimento que muda, radicalmente, para melhor a economia do estado", disse Alcântara.
Para abastecer a usina com o combustível, necessário para movimentar o processo industrial, a Petrobrás construirá o gasoduto Gasfor II, que ligará a malha de gasodutos do Rio Grande do Norte ao município cearense de São Gonçalo do Amarante, a 50 km de Fortaleza.
A USC é um empreendimento privado controlado pela empresa sul-coreana Dongkuk Steel, a italiana Danieli e a brasileira Companhia Vale do Rio Doce. A previsão é que o complexo gere US$ 450 milhões por ano, em divisas, para o país, já que os principais insumos (minério de ferro, gás natural e energia elétrica) são nacionais.
"Nós estamos nos comprometendo a entregar, a partir, de 2009, 1,8 milhão de metros cúbicos de gás para a siderúrgica, em uma região, que todos nós sabemos tem dificuldade na produção de gás", disse o presidente da Petrobrás, José Sérgio Gabrielli.
Gabrielli acrescentou que a construção do gasoduto Gasfor II não é um investimento isolado. A Petrobras, segundo ele, está ampliando a rede de gasodutos de todo o Nordeste brasileiro. Somente na malha do Rio Grande do Norte-Ceará, serão gastos, até 2008, US$ 1 bilhão.
