Greve de petroleiros em São Paulo protesta contra venda de poços de petróleo

17/10/2005 - 11h13

Fábio Calvetti
Da Agência Brasil

São Paulo – A paralisação de 24 horas convocada pela Federação Única dos Petroleiros e seus sindicatos, paralisou hoje (17) a maior parte dos funcionários da Petrobrás no estado de São Paulo, afirma o coordenador-geral do Sindicato Unificado dos Petroleiros do Estado de São Paulo (Sindipetro-SP), Itamar José Sanches. Os petroleiros estão em campanha salarial e protestam contra a sétima rodada de licitações dos campos de petróleos e gás, programada para esta segunda-feira no Rio de Janeiro.

O sindicato dos petroleiros também protesta contra a sétima rodada de licitação dos campos de petróleo e gás do país. O Sindipetro e a Federação Única dos Petroleiros (FUP) reivindicam um plebiscito para que a população decida sobre o controle e o destino das reservas de petróleo.

De acordo com Sanches, desde a zero hora desta segunda-feira, parte dos petroleiros da refinaria de Mauá e dos terminais de Barueri, Guarulhos e Guararema paralisaram suas atividades. A partir das 7h30, também os trabalhadores da refinaria de Paulínia, a maior do país, também cruzaram os braços. Segundo Sanches, apenas os serviços essenciais estão mantidos e os funcionários não estão realizando troca de turno. O sindicato paulista estima que estão participando da greve 2,5 mil dos 3 mil funcionários da Petrobrás em São Paulo.

A paralisação faz parte da mobilização nacional por reajuste salarial de 10,2%, extensão a todos os trabalhadores do benefício da previdência complementar, garantido pela Fundação Petrobrás de Seguridade Social (Petros), e cláusulas sobre condições de trabalho e segurança. Segundo Sanches, a categoria poderá iniciar uma greve por tempo indeterminado a depender do andamento das negociações.