Rio, 22/9/2005 (Agência Brasil - ABr) - O superintendente interino da Polícia Federal no Rio, Roberto Prel, admitiu hoje (22) que não foram feitas cópias das notas de euro e dólar roubadas de um cofre da Delegacia Federal de Repressão a Entorpecentes (DRE), no início da semana. O dinheiro – cerca de R$ 2 milhões – havia sido apreendido na Operação Caravelas, que desarticulou uma quadrilha de tráfico de internacional de drogas na semana passada.

Na segunda-feira (19), quando foi constatado o roubo, Prel havia anunciado que as cópias foram feitas, o que facilitaria o rastreamento e a recuperação do dinheiro roubado. Mas hoje confessou que sabia da inexistência delas e omitiu a informação como "estratégia de investigação, para o bem de nosso trabalho, em razão da complexidade e da estrutura que nós precisávamos criar".

Amanhã (23), o diretor-geral da Polícia Federal, Paulo Lacerda, estará na Superintendência do Rio, para se inteirar das investigações. E nos próximos dias chegarão 15 agentes federais, entre eles sete delegados, para fazer uma correição na DRE, responsável pela guarda do dinheiro. Eles analisarão todos os procedimentos realizados pela unidade nos últimos anos.