Ministério da Saúde destinará cerca de R$ 500 milhões a política nacional para deficientes

17/09/2005 - 17h32

Nielmar de Oliveira
Repórter da Agência Brasil

Rio - O ministro da Saúde, Saraiva Felipe, garantiu hoje, no Rio, que o governo federal vai gastar este ano cerca de R$ 500 milhões no desenvolvimento de sua Política Nacional de Atendimento às Pessoas com Deficiência. A informação foi dada durante a solenidade de abertura dos Jogos Mundiais em Cadeiras de Rodas & Amputados, que acontecerá até o próximo dia 24, no Complexo Esportivo Célio de Barros – Maracanãzinho.

"Estes recursos viabilizarão a assistência médica, que vai desde a consulta domiciliar até atendimento de média e alta complexidade e servirá, também, para apoio nas áreas de fisioterapia, de psicologia e em vários tratamento que são demandados pelas 113 entidades existentes no Brasil de apoio ao deficiente, cinco das quais localizadas no Rio de Janeiro", disse.

Ao falar da importância do evento, que reunirá no Rio pela primeira vez no continente americano cerca de mil atletas de 48 países, o ministro lembrou que os jogos são uma preparação para os Jogos Pan-Americanos de Cadeiras de Rodas que acontece na cidade em 2007.

"É, portanto, um evento que interessa muito ao Ministério da Saúde, sobretudo quando se associa á mensagem de paz. E dentro deste clima nacional de discussão sobre o desarmamento. Como nós sabemos, as armas de fogo são uma causa importante de paraplegia. Nós estamos aí em uma campanha tentando desarmar as mãos e os espíritos, para que possamos estabelecer no país uma cultura de país", disse o ministro.

A solenidade contou ainda com as presenças de personalidades da vida pública, cultural e esportiva, como Edson Arantes do Nascimento (Pelé), o músico Marcelo Yuca (paraplégico em função de um disparo de arma de fogo) e o ministro da Cultura, Gilberto Gil.

Para Gil, o esporte é também uma forma de inclusão do deficiente físico na sociedade. "A inclusão de pessoas portadoras de deficiência física na normalidade da vida é uma das vitórias deste quadrante da história da humanidade. É uma das grandes conquistas. Essa coisa de eles poderem ser reconhecidos e integrados à sociedade e, desta forma, contribuir e viver em compartilhamento e normalidade permanente com todas as pessoas".