Alana Gandra
Repórter da Agência Brasil
Rio – O representante do Arranjo Produtivo Local (APL) de Rochas Ornamentais de Santo Antonio de Pádua no Serviço de Apoio à Micro e Pequena Empresa do Estado do Rio (Sebrae/RJ), Rodrigo Brantes, informou à Agência Brasil que o governo do estado do Rio está apoiando o Noroeste fluminense. Esse apoio se traduz em promover a aproximação do APL com empresas privadas, visando à utilização do pó da pedra, resultante da serragem, que anteriormente era jogado nos rios, provocando o assoreamento e trazendo riscos ambientais e à saúde da população.
Esse pó está sendo usado agora para fabricação de argamassa para a construção civil. Já foi, inclusive, assinado um protocolo de intenções com o grupo Mil, do município de Três Rios, para construção de uma fábrica de argamassa na localidade, utilizando o pó de pedra de Santo Antonio de Pádua. Segundo Brantes, a medida traz vantagens ambientais e também econômicas, traduzidas na geração de empregos na região, que apresenta um dos mais baixos índices de rendimento familiar do estado.
Enquanto Niterói lidera o ranking de renda familiar entre os 92 municípios do Estado, com R$ 1,741 mil/mês, seguido do Rio de Janeiro com R$ 1,354 mil/mês e Macaé com R$ 927,00/mês, Santo Antonio de Pádua aparece em 60º lugar, com R$ 526,70/mês. A cidade se destaca na região, entretanto, devido à atividade extrativa mineral.
O APL está reivindicando ainda junto ao Ministério Público autorização para que o prazo de cumprimento das exigências relativas ao Termo de Ajuste de Conduta (TAC) seja de 36 meses. Essas exigências envolvem o afastamento das áreas atuais de localização, com a construção de novas fábricas, entre outras medidas.
Em termos de rochas ornamentais, a pedra de Santo Antonio de Pádua é a segunda mais comercializada no Brasil, perdendo apenas para a ardósia da região de Papagaio, em Minas Gerais, revelou Brantes.