Arranjo Produtivo Local de Santo Antonio de Pádua reúne 165 empresas

17/09/2005 - 17h39

Alana Gandra
Repórter da Agência Brasil

Rio - O Arranjo Produtivo Local (APL) de Rochas Ornamentais de Santo Antonio de Pádua, no Noroeste Fluminense, reúne 165 empresas, entre pedreiras e serrarias, das quais 99,9% são de micro e pequeno portes. De acordo com estimativa do sindicato do setor, mais de 6 mil pessoas estão trabalhando diretamente nas atividades de exploração e beneficiamento.

O distrito industrial conta com uma linha de crédito especial do governo fluminense para que as empresas possam se adequar ao Termo de Ajuste de Conduta (TAC). Pádua é o mais forte concorrente a receber apoio financeiro do governo federal, depois do APL de Tecnologia da Informação da Região Metropolitana do Rio de Janeiro e de Petrópolis, confirmou à Agência Brasilo representante do APL de Pádua no Serviço de Apoio à Micro e Pequena Empresa do Estado do Rio (Sebrae/RJ), Rodrigo Brantes.

"A idéia é que o governo federal possa também estar aplicando recursos, seja através do Ministério da Ciência e Tecnologia ou do Ministério do Desenvolvimento, porque ele tem uma perspectiva grande não só de geração de emprego e renda, mas também de exportação", revelou.

Segundo o especialista, poucas são as empresas minerais no Brasil que podem dizer que possuem todas as licenças em dia. O Consórcio Pedra Pádua Brasil está empenhado em fazer com que a maioria das empresas do APL possam se adequar à lei. "É um desafio muito grande", admitiu Brantes.

Outra dificuldade enfrentada pelo setor está relacionada à falta de financiamento. Explicou que no exterior, as empresas minerais dão como garantia do financiamento a própria jazida, o que não é possível no caso brasileiro. "Como são empresas muito pequenas, com capital baixo, qualquer tentativa de busca de crédito normalmente é frustrada", disse Brantes, acrescentando que por essa razão se busca o apoio governamental que "não é suficiente, mas já representa o começo".