Brasil repudia o terrorismo e também as ações que resultam em mortes absurdas, diz Celso Amorim

17/09/2005 - 15h01

Keite Camacho
Enviada especial

Nova York - O ministro de Relações Exteriores, Celso Amorim, afirmou neste sábado, durante o seu pronunciamento na Abertura do Debate Geral da 60ª Assembléia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU), que o "Brasil rejeita de maneira veemente" os atos de terrorismo pelo mundo. Ele disse ainda que o Brasil está disposto a trabalhar para a conclusão de uma Convenção abrangente sobre terrorismo.

"Como país cuja identidade não pode ser dissociada das noções de tolerância e diversidade, o Brasil rejeita de maneira veemente esses atos abomináveis, que atentam contra a própria noção de humanidade", afirmou.

Amorim disse que o Brasil vai continuar dando apoio ao combate ao terrorismo, mas destacou que "esses esforços devem respeitar o direito internacional e os direitos humanos". E criticou as ações de repressão que "resultam em mortes tão absurdas e indiscriminadas como as provocadas pelo próprio terrorismo".

No dia 22 de julho, o eletricista mineiro, Jean Charles, de 27 anos, foi assassinado pela polícia britânica em uma estação de trem, em Londres. Os policiais teriam confundido o brasileiro com um terrorista que supostamente participou dos atentados no metrô de Londres no dia 21.