Alana Gandra
Repórter da Agência Brasil
Rio - O novo Arranjo Produtivo Local (APL) de Petróleo e Gás do Estado do Rio será constituído por 120 fornecedoras de máquinas e serviços para a cadeia produtiva da Bacia de Campos. Localizadas no município fluminense de Macaé, essas empresas geram 6 mil empregos diretos.
O representante do APL no Serviço de Apoio à Micro e Pequena Empresa do Estado (Sebrae/RJ), Antonio Batista, afirmou à Agência Brasil que a idéia é definir todo o processo de construção desse novo cluster (distrito industrial), até o final deste ano. Dessa forma, a partir de 2006 já será possível buscar fontes de financiamento no Ministério do Desenvolvimento e na Financiadora de Estudos e Projetos (Finep), do Ministério da Ciência e Tecnologia.
Batista acredita que a partir do convênio, que será firmado ainda este mês entre o Sebrae/RJ e a Petrobrás, as ações serão fortalecidas. "Vamos aproveitar o convênio com a Petrobras para criar essa atmosfera, esse ambiente, para educar e capacitar não só os empresários mas, principalmente, os atores institucionais", declarou.
APLs são agrupamentos de empresas em uma região, com a mesma vocação econômica. O APL de Petróleo e Gás de Macaé está em desenvolvimento e já conta com apoio do Sebrae/RJ para a capacitação das empresas. "O que existe hoje é uma grande aglomeração de empresas em torno do setor de petróleo e gás, que demanda grande quantidade e diversidade de itens em materiais e, principalmente, serviços", disse Batista.
Segundo ele, isso fez com que os fornecedores, de micro porte até grandes grupos empresariais, se aglomerassem em torno da Petrobras, que é a principal compradora do setor. Ao identificar esse agrupamento de empresas, o Sebrae/RJ e a prefeitura de Macaé encomendaram à Coordenação de Programas de Pós-Graduação de Engenharia, da Universidade Federal do Rio de Janeiro (Coppe-UFRJ), um estudo que fornecesse elementos mais quantitativos para ajudar a identificar o potencial da região, englobando negócios, principais demandas e gargalos.
A partir desse diagnóstico, foi estruturada uma rede de cerca de 120 empresas e instituições, denominada Rede Petro Bacia de Campos, que já está em funcionamento. Metade dessas empresas é de micro e pequeno portes e existem também instituições tecnológicas, governamentais e empresariais.
Batista informou também que a rede está buscando agora criar o "marketing do APL" para que as empresas possam se ver e "o ambiente externo à Bacia de Campos possa perceber Macaé como um APL,". Segundo Batista, a segunda etapa de construção do APL será iniciada logo após a assinatura do convênio com a Petrobrás.
Os fornecedores integrantes da Rede Petro Bacia de Campos desenvolvem atividades de comércio e serviços. A área principal é a de serviços, que engloba manutenção industrial e de pneus, recuperação de estruturas, mecânica pesada, suprimentos de informática. Também são oferecidos serviços de instrumentação e laboratoriais, e de apoio como alimentação, hotelaria, segurança patrimonial, entre outros.