Rio, 29/8/2005 (Agência Brasil - ABr) - As indústrias fluminenses devem fechar o ano com mais alto nível de empregos desde 1992, quando a Federação de Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan) começou a divulgar a pesquisa de Indicadores Econômicos.

De acordo com a coordenadora da pesquisa, Luciana de Sá, o mês de julho apresentou um aumento de 0,6% da taxa de empregos, em relação a junho, representando a contratação de 2.100 novos trabalhadores. "Esta foi a quarta alta consecutiva neste ano. De janeiro a julho, a elevação do pessoal ocupado já está em 2,8% em relação ao mesmo período do ano passado. Possivelmente fecharemos esse ano com números positivos", afirmou.

Segundo a economista, quatro setores foram responsáveis pelo aumento do nível de emprego da índústria durante o mês de julho: material de transporte, com forte influência do setor naval, junto com os setores químico, mecânico e de vestuário e calçados. "Todos esses setores atribuíram a alta do emprego à necessidade de elevar a produção", explicou.

Entre os outros dados levantados pela pesquisa, está a redução das vendas reais do setor industrial fluminense, de 18,67% entre os meses de junho e julho. Luciana de Sá disse que o resultado foi decorrente da redução no valor que alguns setores, como têxtil e metalúrgico, faturam, "desconsiderando as alterações de preços".

Essa retração, acrescentou, "não significa uma mudança de tendência e sim algo pontual, e praticamente explicado pelos setores metalúrgico e têxtil". A redução de vendas no setor metalúrgico teria ocorrido "em decorrência do retorno ao patamar normal de vendas, que vinham se elevando excessivamente nesse início de ano". Já setores como o têxtil, segundo a coordenadora, "tiveram a sua redução ligada à sazonalidade".