Luciana Vasconcelos
Repórter da Agência Brasil
Brasília - A Comissão Parlamentar de Inquérito dos Bingos deve ouvir na próxima quinta-feira (1º) João Francisco Daniel, irmão do ex-prefeito de Santo André (SP), Celso Daniel, assassinado em janeiro de 2001.
Amanhã (30), está previsto o depoimento de Enrico Gianelli, ex-advogado da empresa multinacional Gtech. Ele é acusado de intermediar o contato de Rogério Buratti com os dirigentes da Gtech. Será ouvido também Juscelino Dourado, chefe de gabinete do ministro da Fazenda, Antonio Palocci.
Na quarta-feira (31), devem ser ouvidos Denivaldo Henrique Almeida e Roberto Lopes Telhada. De acordo com a assessoria da CPI, Almeida teve intensa comunicação com Buratti e Gianelli durante o período de renovação do contrato da Caixa Econômica Federal (CEF) com a Gtech. Lopes Telhada é advogado de Buratti.
Em depoimento à CPI dos Bingos, Buratti disse que a empresa Gtech ofereceu até R$ 16 milhões a ele para serem entregues ao PT durante as eleições de 2002. O dinheiro seria moeda de troca para a renovação do contrato com a CEF, regulamentação dos jogos no país e cargos na Caixa para funcionários da Gtech.
A CPI investiga a suposta utilização das casas de bingo para a prática de crime de lavagem de dinheiro e a possível relação das casas de aposta com o crime organizado.