Critério atual para classificar pobreza distorce a realidade, diz representante do Pnud

29/08/2005 - 13h08

Keite Camacho
Repórter da Agência Brasil

Brasília - O mundo tem mais de 1,3 bilhão de pobres, afirma o diretor do Programa das Nações Unidas para Desenvolvimento (Pnud) em Nova Iorque, Shoji Nishimoto. Atualmente, a pobreza é estimada em todo o mundo com base em critérios de renda, o que, segundo o representante do PNUD no Brasil, Carlos Lopes, distorce a situação real.

Para elaborar uma metodologia que ajude na elaboração de políticas de combate à pobreza, o PNUD reúne em Brasília, até a próxima quarta-feira (31), cerca de 50 especialistas e acadêmicos internacionais.

No Brasil, são considerados pobres aqueles que ganham até meio salário mínimo. Segundo o presidente do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), Glauco Arbix, o governo federal, Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e IPEA estudam criar um novo método de classificação para orientar as políticas sociais.

De acordo com Arbix, no lugar do corte pela renda, a idéia é trabalhar com bandas, que considerem níveis de pobreza entre pessoas de diferentes regiões, como o Nordeste e o Sul do país.