Atual e ex-secretário paulistano de Cultura discutem futuro de Museu Afro-Brasil

26/08/2005 - 22h38

Adriana Franzin
Da Agência Brasil

Brasília – O Museu Afro-Brasil pode fechar as portas, alerta o artista plástico Emanuel Araújo, ex-secretário de Cultura da cidade de São Paulo. Com apenas dez meses de funcionamento, o museu não tem garantidos os recursos orçamentários e quadro de funcionários para funcionar.

O museu foi criado no ano passado, em acordo entre os governos municipal e estadual de São Paulo. O patrocínio inicial da Petrobrás, de R$ 4,5 milhões, manteve a instituição até agora. O atual secretário de Cultura, Carlos Augusto Calil, afirma que, na criação do museu, já deveriam ter sido definidas as verbas para a instituição. Em nota oficial, Calil diz que seria necessário que "fossem garantidos à instituição recursos orçamentários ou quadro de funcionários".

O acervo, coletado ao longo de 40 anos pelo artista plástico Emanoel Araújo, reúne 3.200 obras dos séculos 18 e 19. O projeto foi elaborado por um grupo de artistas, historiadores e antropólogos e é o maior núcleo de obras que marcam a cultura africana no Brasil.