Rio instala Disque-Amamentação para tirar dúvidas de mães

25/08/2005 - 18h33

Rio, 25/8/2005 (Agência Brasil - ABr) - A pouca quantidade de leite é uma das maiores preocupações que as mães manifestam após o nascimento do filho. Para esclarecer situações como essa a Sociedade de Pediatria do Estado do Rio de Janeiro (Soperj) instalou o serviço gratuito Disque-Amamentação. Pelo telefone (21) 2531-3313, pediatras, obstetras, nutricionistas e fonoaudiólogas estarão à disposição das mães até a próxima quarta-feira (31), das 9h às 16h. O atendimento integra a Semana Mundial de Amamentação, criada pelas Organizações das Nações Unidas (ONU) e pelo Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef).

O presidente do Comitê de Aleitamento Materno da Soperj, o pediatra José Vicente de Vasconcelos, esclareceu que não existe leite fraco e que quanto mais cedo e em mais quantidade a criança mamar, maior vai ser a produção da mãe.

O especialista recomendou que a primeira mamada seja ainda na sala de parto. E descartou a necessidade de dietas especiais por parte da mãe, embora ela não deva abusar de produtos como chocolate e café. As únicas exceções ficam por conta do cigarro e da ingestão de bebida alcoólica.

Outra dúvida freqüente é com relação ao tempo em que o bebê tem que ser amamentado. José Vicente Vasconcelos disse que é recomendável seguir até os dois anos de idade da criança. Até os seis meses, explicou, a alimentação deve ser exclusiva com o leite humano e a partir desse período já se pode incluir alimentos mais sólidos. A mãe deve evitar o uso de mamadeiros, porque isso acaba levando ao desmame precoce.

Ele destacou que o aleitamento é um momento de grande interação entre o filho e a mãe e por isso ele deve ocorrer em um lugar calmo. E alertou que se a mãe passar por estresse, a produção de leite pode ser prejudicada.