Planos diretores das cidades tratam superficialmente acessibilidade ao transporte, diz especialista

25/08/2005 - 17h37

Yara Aquino
Repórter da Agência Brasil

Brasília - O especialista em acessibilidade Edson Passafaro afirmou hoje que essa questão está prevista de forma superficial nos planos diretores das cidades. Segundo ele, além disso, faltam planos de governo para aplicar o que está estabelecido nas leis. Passafaro fez as afirmações ao participar da 6ª Conferência das Cidades, que está sendo realizada na Câmara dos Deputados. Na parte da manhã, o tema discutido foi O Transporte Coletivo e a Acessibilidade.

Edson Passafaro disse que, para as pessoas que têm deficiência, as dificuldades para usar o transporte coletivo "são só todas". Além dos portadores de deficiência, as pessoas com mobilidade reduzida, que são os idosos, obesos e acidentados temporários, também enfrentam problemas com o transporte coletivo, afirmou.

Segundo Passafaro, as dificuldades de acesso começam com a chegada aos locais de embarque e desembarque e se agravam com a falta de transportes adaptados. "Temos que rever uma série de conceitos do transporte público e ter o transporte público como prioridade", disse ele.

O conceito de acessibilidade prevê a possibilidade e condição de uso, com segurança e autonomia, de edificações, espaços mobiliários, vias públicas, equipamentos urbanos e tranpsorte coletivo. Passafaro aponta como alternativa para reduzir os problemas concentar o transporte acessível nas linhas estruturais da cidade e a existência de veículos de pequeno porte com rampas que possam pegar a pessoas portadoras de deficiência ou com mobilidade reduzida e levá-las a essas vias estruturais. "Em cidades pequenas, só essas vans já resolvem", afirmou.