Brasília, 25/8/2005 (Agência Brasil - ABr) - O Hospital da Posse e o Centro de Referência Parteira Mariana Bulhões, em Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense, fazem 350 partos por mês, e todas as mães participam do Programa de Amamentação. Segundo a diretora da maternidade, Sônia Capelão, a conscientização das mães começa no período do pré-natal, quando elas recebem orientação sobre a necessidade da criança ser alimentada com leite materno.
De hoje até a sexta-feira da próxima semana (2), as gestantes e mães atendidas nas duas unidades poderão participar de uma série de atividades que visam a incentivar a amamentação. A programação integra a Semana Mundial da Amamentação, que vai de hoje até 31 deste mês.
Renata de Moura Silva, de 30 anos, teve o primeiro filho no dia 16 deste mês. Com problemas de pressão alta na gravidez, Renata, que mora em Belford Roxo, outro município da Baixada Fluminense, foi levada para a Maternidade Mariana Bulhões, que atende a pacientes de alto risco. Gabriel nasceu com oito meses e precisou ficar na incubadora. Renata conta que, quando foi chamada para amamentar o filho, como não fez o pré-natal, não tinha informação sobre a importância de alimentar a criança com o leite materno.
A experiência, no entanto, tem sido emocionante. "A gente passa uma energia tão grande para ele. É um sentimento bom", contou. Com as informações que recebeu na Mariana Bulhões, Renata já se arrisca até a dar conselhos: "É muito importante. Você tem que amamentar pelo menos durante seis meses, porque é bom para os ossos da criança. Ela cresce mais saudável", explicou.
Renata não teve alta da maternidade, porque tanto ela quanto o bebê ainda precisam de acompanhamento médico.
Em dezembro do ano passado, o Hospital da Posse passou a ser chamado de Hospital Amigo da Criança, título criado em 1990 pela Organização das Nações Unidas (ONU), na Declaração dos Inocentes, e pelo Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef). O título foi adotado no Brasil, em 1992, pelo Ministério da Saúde, com apoio dos governos estaduais e municipais.
A classificação é dada às unidades que desenvolvem ações para incentivar a amamentação e rotinas para evitar o desmame precoce. Para se enquadrar na classificação, as unidades precisam seguir os "Dez passos para o sucesso do aleitamento materno", critérios definidos pelo Ministério da Saúde. Entre eles, está a orientação de ajudar as mães a iniciar a amamentação na primeira hora após o parto.