Priscilla Mazenotti
Repórter da Agência Brasil
Brasília - Ao responder porque o número de telefone de seu chefe de gabinete, Juscelino Dourado, aparece como o terceiro número mais discado no extrato telefônico do ex-assessor Rogério Buratti, o ministro da Fazenda, Antonio Palocci, afirmou que os dois são amigos. Segundo Palocci, as decisões do ministério não envolviam, de forma alguma, à relação de amizade entre Buratti e Dourado.
"A agenda do Ministério da Fazenda não está sujeita a contatos pessoais. Não há nenhuma decisão do Ministério da Fazenda vinculada a esses telefonemas", afirmou. Palocci considerou "um verdadeiro absurdo" a informação de que teria comprado equipamento de escutas telefônicas por meio de Buratti. "Para mim é uma coisa bastante inadequada, desprovida de propósito, desprovida de qualquer elemento que encontre respaldo na realidade", disse.
Ele citou reportagem publicada na revista Veja desta semana que afirma que Dourado teria mandado e-mail para Buratti pedindo a compra do equipamento. "Evidente que ele (Dourado) teria sido demitido no minuto que aconteceu". Segundo Palocci, Juscelino Dourado afirmou que o e-mail era falso.