Porto da Juventude treinará jovens carentes para o mercado de trabalho

08/08/2005 - 7h07

Marli Moreira
Repórter da Agência Brasil

São Paulo - Tornar-se cidadãos de fato é a esperança que surge para cerca de 500 jovens carentes e desempregados, com idade entre 16 e 24 anos, da Baixada Santista, no litoral paulista. Eles foram selecionados pelo Ministério do Trabalho para integrar o Programa Porto da Juventude, por meio do qual receberão treinamento e qualificação profissional. O projeto, que custou R$ 1,2 milhão, é resultado de uma parceria entre o ministério, a Companhia Docas do Estado de São Paulo (Codesp) e a rede de organizações não-governamentais coordenada pela Vila Ponte Nova Instituição Promocional (VIP).

A aula inaugural é hoje (8), às 10 horas, seguida de solenidade de apresentação do projeto com a presença do ministro do Trabalho e Emprego, Luiz Marinho, no teatro do Sesc, em Santos. O treinamento será nas dependências da Codesp e em instalações das ONGs envolvidas. Durante a cerimônia, será firmado acordo de cooperação técnica entre o ministério e a administradora portuária para a implantação do consórcio e adesão de empresas ao Programa Nacional de Estímulo ao Primeiro Emprego para os Jovens.

Os jovens escolhidos moram nas cidades da região portuária - Santos, São Vicente, Guarujá e Cubatão. A prioridade é para os que têm renda familiar per capita de até meio salário mínimo; analfabetos, com ensino incompleto ou os que se encontram em situação de abandono familiar, em conflito com a lei ou egressos de unidades prisionais; portadores de necessidades especiais; afro-descendentes, caiçaras ou de outros segmentos sociais tradicionalmente excluídos e ainda que vivem em condições de alta vulnerabilidade social o pessoal.

O curso de capacitação deve durar quatro meses com quatro aulas por dia e inclui ensinamentos sobre os valores humanos, ética e cidadania; saúde, qualificação de vida e educação ambiental; ações de apoio e estímulo à elevação da escolaridade; inclusão digital; qualificação específica; além de oficinas-escola na área de segurança alimentar; comunicação e marketing, arte e cultura, turismo e empreendedorismo e gestão do porto. A meta, segundo informou em nota o Ministério do Trabalho, é inserir pelo menos 40% dos alunos no mercado de trabalho.