População também é responsável pela transformação do Congresso, avalia cientista político

08/08/2005 - 12h32

Marcela Rebelo
Repórter da Agência Brasil

Brasília – Para o cientista político Gilberto de Palma, diretor do Instituto Ágora em Defesa do Eleitor e da Democracia, a atual crise política pode ser o início de um processo de mudança do Congresso Nacional.

"O processo de limpeza já começa porque de alguma maneira este trabalho terá que apresentar cassações. Cabeças rolarão assim que ficar comprovado que houve desvio de verbas, caixa 2, desvio da função parlamentar e quebra de decoro. A depuração começa a partir daí", afirma.

Palma ressalta que a população também é responsável pela transformação. "A segunda parte da depuração cabe à sociedade civil no calendário eleitoral de 2006, fazendo uma belíssima de uma recolocação dos atores políticos na sociedade brasileira", diz. Ele afirma que os autores das denúncias acabaram prestando um "grande serviço ao país" pelas conseqüências que a crise trará ao Brasil.

"Os passos dados são irreversíveis, eles não podem frustrar a sociedade brasileira. Se isso ocorrer, vai ser quase um suicídio das instituições democráticas do Brasil", destaca.