Greve do INSS no Rio completa 35 dias

07/07/2005 - 16h21

Vitor Abdala
Repórter da Agência Brasil

Rio - Mesmo com uma decisão judicial que obriga a manutenção de 50% dos funcionários trabalhando nos postos da Previdência Social do Rio de Janeiro, a greve do funcionalismo federal ainda atinge mais da metade das agências do INSS no estado.

Hoje (7), quando a paralisação completa 35 dias, apenas 42 dos 90 postos da Previdência no estado funcionaram normalmente, de acordo com um levantamento feito pela Superintendência do INSS no Rio. Dezenove agências ficaram fechadas e 29 abriram parcialmente.

Segundo o diretor do Sindicato dos Trabalhadores da Saúde e da Previdência, Sindsprev, Rolando Medeiros, a adesão à greve ainda está em torno de 90% dos servidores, assim como no início da mobilização.

Apesar da greve, o atendimento para obtenção de benefícios urgentes foi mantido. "Estamos mantendo todas as perícias que foram agendadas, as pensões por morte e desbloqueio de pensão. Estamos também garantindo os auxílios-acidente e todos os auxílios-doença", disse Medeiros.

O diretor do Sindsprev disse ainda que a greve não vai enfraquecer e que os servidores da Previdência são capazes de manter uma paralisação por meses, se for preciso. E, se o governo não atender suas reivindicações, o movimento pode paralisar, inclusive, a concessão de benefícios urgentes.

Uma decisão da Justiça Federal, de 13 de junho, obriga o Sindicato a manter pelo menos metade dos funcionários trabalhando em cada agência do INSS, sob pena de pagar multa diária de cinco mil reais. Mas de acordo com os advogados do Sindsprev, a liminar não está sendo cumprida porque não há como fazer esse controle dos funcionários.