Cooperação com empresários pode contribuir para gestão dos programas sociais, diz Patrus

07/07/2005 - 13h25

Cecília Jorge
Repórter da Agência Brasil

Brasília – A experiência de gestão do setor privado deve contribuir para melhorar a atuação do governo federal. O ministro do Desenvolvimento Social e Combate à Fome Patrus Ananias assinou hoje termo de cooperação com o Movimento Brasil Competitivo (MBC) para aperfeiçoar a gestão pública dos programas sociais. "Nós entendemos que é possível trazer para o setor público, guardadas as devidas especificidades, essa experiência de acompanhamento de projetos desde a sua elaboração à sua execução na ponta", avalia Patrus.

O acordo foi assinado durante a abertura do 3º Congresso Internacional Brasil Competitivo, promovido pelo MBC.

O movimento é uma entidade formada principalmente por lideranças empresariais para discutir e criar mecanismos de estímulo à competitividade e à qualidade da gestão no país. O movimento também tem a participação de representantes da Casa Civil e dos ministérios da Ciência e Tecnologia, do Planejamento e do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior.

Patrus Ananias afirmou que seu ministério possui orçamento de R$ 16,9 bilhões e cerca de 800 funcionários. Para ele, o número de funcionários e os recursos disponíveis são escassos já que os programas desenvolvidos pela pasta, como o Fome Zero e o Bolsa Família, estão presentes em todo o país.

"A idéia é nós identificarmos alguns desafios no ministério, por exemplo, onde estão alguns entraves burocráticos", explicou Patrus Ananias. "Então, vamos operar no sentido de buscar maior agilidade – mas de uma forma ética e transparente e com rapidez para que os recursos, os investimentos e as obras cheguem efetivamente às pessoas, às famílias e às comunidades pobres que estamos atendendo", acrescentou.

A expectativa também é que haja redução nos gastos. De acordo com o fundador do MBC, empresário Jorge Gerdau, as ações de melhoria na gestão costumam provocar uma redução de 20% a 30% nos gastos de uma instituição – pública ou privada.

Gerdau afirmou que o objetivo do acordo é fazer um "choque de gestão" no Ministério do Desenvolvimento Social para dar mais eficiência e produtividade aos programas sociais e na gestão dos recursos públicos. "Ao trabalhar de uma forma mais econômica, é possível destinar os recursos para mais investimentos, e isso é importante no processo global de desenvolvimento", defendeu o empresário.