Flávia Peixoto
Repórter da Rádio Nacional da Amazônia
Brasília – O Mercosul tem contribuído para os recordes históricos da balança comercial brasileira, segundo a coordenadora da área de Integração do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Eliane Fontes. Ela representou o ministério durante o 3º Encontro com o Mercosul, seminário realizado em Belém, na quinta-feira (30).
No mesmo dia em que ministro Luiz Fernando Furlan anunciou que as exportações em junho bateram novo recorde e chegaram a US$ 10,207 bilhões, Eliane afirmou que o comércio do Brasil com o Mercosul está crescendo em torno de 57%. O motivo da guinada, segundo a coordenadora de Integração, é a recuperação econômica da Argentina. De janeiro a maio, o Brasil exportou US$ 43,4 milhões para a Argentina, o que sozinho representa um aumento de 27% em relação ao mesmo período do ano passado.
Eliane também assinalou que o Brasil e o Mercosul seguem a tendência mundial de avançar no nível multilateral. "Isto significa que os acordos podem coexistir, cada um com suas vantagens, sem a sobreposição de um ao outro. Muitos acreditam, por exemplo, que a Alca poderá dissolver o Mercosul, o que não é verdade, pois a Alca é uma mera área de livre comércio", exaltou Eliane. Atualmente, o Mercosul negocia com os mais diversos países, como Canadá, Panamá e Venezuela, com foco no entendimento de que um acordo se soma ao outro.
Para a coordenadora do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, os Fundos Estruturais do Mercosul são a maior novidade sobre o bloco. Os quatro países que formam o bloco vão contribuir financeiramente para investimentos em infra-estrutura, com o intuito de melhorar quantitativa e qualitativamente a produção de Brasil, Argentina, Paraguai e Uruguai. A decisão de criar estes Fundos resultou de uma reunião realizada na primeira quinzena de junho.