Danielle Gurgel
Da Agência Brasil
Brasília - Nos primeiros cinco meses deste ano, foram apreendidos 57 mil metros cúbicos de madeira ilegal, como parte dos trabalhos do Plano de Combate ao Desmatamento na Amazônia, segundo a ministra do Meio Ambiente, Marina Silva. O plano envolve os ministérios do Meio Ambiente e da Defesa, o Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis (Ibama), Polícia Rodoviária Federal e Polícia Federal. Para a ministra, as parcerias entre esses órgãos têm ajudado nas grandes operações e são fundamentais para o fortalecimento do Sistema Nacional do Meio Ambiente (Sisnama).
Marina Silva também lembrou a importância do envolvimento da população. "O Brasil é responsável por 11% da água doce do planeta , 22% das espécies vivas e pela maior floresta tropical do mundo. É impossível controlar tudo isso sem o envolvimento dos brasileiros", afirmou a ministra, ao participar de uma palestra esta semana no Fórum do Planalto, em Brasília.
De acordo com a ministra, para que haja participação e controle qualificados é fundamental a existência de espaços para participação social. Ela citou o exemplo do Conselho Nacional de Recursos Hídricos (CNRH), que aumentou o número de conselheiros de 27 para mais de 50, com o objetivo de atender às demandas da sociedade.
O Conselho Nacional da Comissão Coordenadora do Programa Nacional de Florestas, que conta com pesquisadores, organizações não-governamentais, empresários e governos, também recebeu uma nova estrutura. "A economia florestal brasileira é responsável por 4% do Produto Interno Bruto (PIB). Uma política florestal correta ajudará tanto economicamente quanto social e ambientalmente para a conservação da biodiversidade."
Marina também frisou a importância da realização de concursos públicos para ampliar o quadro de funcionários efetivos do ministério e do Ibamal. Ela destacou ainda os trabalhos atualmente realizados para colocar em funcionamento a Comissão Tripartite Nacional. A comissão, formada por entidades ambientais da União, dos estados e dos municípios, visa discutir os chamados conflitos de competências.