Exposição apresenta no Rio artesanato da Amazônia

25/06/2005 - 9h44

Alana Gandra
Repórter da Agência Brasil

Rio - O Centro Nacional de Folclore e Cultura Popular, vinculado ao Ministério da Cultura, abriu no Museu de Folclore Edison Carneiro, no Rio, a exposição Forma e Imaginário da Amazônia, dentro do Programa de Apoio às Comunidades Artesanais(Paca).

A antropóloga Luciana Carvalho, pesquisadora do museu, disse que o programa identifica a produção artesanal tradicional em várias comunidades brasileiras do interior, selecionando peças que são expostas na Sala do Artista Popular. A idéia "é fazer mais um canal de comercialização para esses produtos".

Luciana relatou que operações de exportação do mobiliário fabricado a partir de madeira nativa da região ribeirinha de Santarém (PA), que integram a exposição, já são destinadas principalmente à Finlândia, cujo governo incentiva com recursos uma das organizações parceiras. Ela frisou que "outra linha de ação do programa é de intervenção de apoio direto na organização de cooperativas de comunidades e núcleos artesanais".

Na mostra Forma e Imaginário da Amazônia estarão reunidas cerca de cem peças de mobiliário ribeirinho, produzidas por artesãos paraenses a partir de madeira "morta". Os móveis são fabricados com toras de árvores caídas pelas comunidades de Aningalzinho, São Tomé, São Pedro, Cametá e Tucumantuba, localizadas na reserva extrativista Tapajós-Arapiuns (Resex), e retratam animais da região. A exposição conta com apoio do Conselho Nacional dos Seringueiros e do Centro Agroextrativista da Amazônia. O dinheiro arrecadado com a venda das peças é destinado aos artesãos, que se encarregam de fixar os preços dos produtos. A mostra fica aberta até dia 31 de julho.