Cristiane Ribeiro
Repórter da Agência Brasil
Rio - A expansão da produção industrial brasileira no ano está apoiada no aumento da produção de bens de consumo duráveis, com destaque para automóveis, celulares e aparelhos de televisão.
A avaliação é do coordenador de indústria do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), Sílvio Salles. "Além desses produtos estarem voltados para a exportação, eles têm sustentado a demanda interna, que vem se beneficiando com a continuidade do crédito pessoal", explicou.
Segundo Salles, a pressão para baixo, que resultou em crescimento zero em abril, vem da retração na produção de máquinas e equipamentos, em conseqüência da queda de investimentos, e dos bens de consumo não duráveis destinados ao mercado interno, como calçados, confecções, medicamentos, alimentos e bebidas.
"Esses segmentos estão diretamente ligados a investimentos e também aos rendimentos recebidos pelos trabalhadores", acrescentou o economista.
Em abril, a produção industrial manteve-se estável na comparação com o mês anterior, segundo pesquisa do IBGE. Em relação a abril de 2004, o crescimento foi de 6,3% e, de janeiro a abril, de 4,5% na comparação com o mesmo período do ano passado.