Paulo Bernardo diz que proposta da LDO prevê crescimento de 4,5% do PIB nos próximos três anos

07/06/2005 - 15h52

Benedito Mendonça
Repórter da Agência Brasil

Brasília - O ministro do Planejamento, Orçamento e Gestão, Paulo Bernardo, afirmou hoje (7) que a proposta de Lei de Diretrizes Orçamentárias para 2006 projeta um crescimento real do Produto Interno Bruto (PIB) de 4% para esse ano; 4,5% para 2006 e, deverá repetir esse mesmo valor como perspectiva para 2007 e 2008. O PIB é a soma de todas as riquezas produzidas no país. O ministro participou de audiência pública na Comissão Mista de Orçamento da Câmara para falar sobre o projeto da LDO 2006.

De acordo com Bernando, o projeto da LDO também projeta a inflação medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) como sendo de 5,69% esse ano. Para 2006, esse valor deverá ficar em 4,16% e os próximos dois anos, 3,92% e 3,99%, respectivamente. O INPC é calculado pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) com o objetivo de balizar os reajustes de salário.

Em relação à projeção do câmbio, o ministro do Planejamento disse que o Real deve terminar o ano com valor médio de R$ 2,64; valorizando-se para R$ 2,90 em 2006 e com uma projeção para média em 2007 um pouco acima de R$ 3,00. Sobre a meta de resultados primários do PIB, ou seja, o valor total do PIB antes de serem deduzidos os pagamentos de juros, Bernardo assinalou que foi feita uma projeção que será mantida nos próximos três anos: "Esse superávit estimado em 4,25% se desdobra em um orçamento fiscal e da seguridade social em 2,45%; 0,7% para as empresas estatais e 1,1% de estados e municípios".

Entre as "novidades" da proposta apresentada no Projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias 2006, Paulo Bernardo disse que está a limitação das despesas correntes não-financeiras dos orçamentos fiscais e da seguridade social, como o pagamento de salários dos servidores, em 17% do PIB para o ano que vem. A previsão é manter essa limitação em 2007 e 2008.

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