Manifestantes querem saber como tramita pedido de federalização do assassinato de irmã Dorothy

07/06/2005 - 11h34

Marcela Rebelo
Repórter da Agência Brasil

Brasília – Daqui a pouco, ambientalistas, trabalhadores sem terra e estudantes universitários que participam de manifestação na Praça dos Três Poderes para relembrar a luta da missionária norte-americana Dorothy Stang pelos povos da floresta seguem em direção ao Superior Tribunal de Justiça (STJ). Eles querem ser recebidos pelo ministro Arnaldo Esteves Lima, relator do processo que deve ser julgado amanhã no tribunal sobre o pedido de federalização do assassinato da missionária.

O pedido foi feito pelo procurador-geral da República, Cláudio Fonteles. Uma comissão também está sendo recebida pelo ministro Nilmário Miranda, da Secretaria Especial de Direitos Humanos. Fazem parte da comissão o padre Amaro, companheiro de luta de irmã Dorothy no Pará, e irmã Jane.

No Pará, as investigações estão em fase final. Segundo a Assessoria de Imprensa do Tribunal de Justiça do estado, todas as testemunhas já foram ouvidas. Os advogados de cinco acusados de envolvimento no assassinato da freira têm até segunda-feira para apresentar as alegações finais da defesa.

O Ministério Público do Pará já apresentou as alegações finais da acusação. O juiz responsável pelo caso, Lucas do Carmo, deve apresentar na semana que vem a sentença de pronúncia sobre caso, que deve encaminhar os acusados para um júri popular. Caso o pedido de federalização seja aceito amanhã, a tramitação do processo pára no estado e o juiz no âmbito federal pode reiniciar as investigações da estaca zero ou aproveitar o trabalho que já foi feito até agora.