Governos federal e estadual discutem criação de Samu no Rio

06/06/2005 - 22h07

Rio – Representantes do Ministério da Saúde e da Secretaria estadual de Saúde do Rio se reúnem nesta terça-feira (dia 6) para discutir a implantação do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) na capital fluminense. O objetivo do encontro é saber se o governo fluminense assumirá a coordenação do programa na cidade, já que, segundo o governo federal, a Prefeitura não teria demonstrado interesse.

Se a Secretaria de Saúde não quiser ficar a frente da implantação do Samu na cidade do Rio, o governo federal assumirá sozinho o programa. Segundo a assessoria do Ministério da Saúde, isso será um fato inédito, visto que, nos outros 216 municípios brasileiros onde o serviço existe, o trabalho é feito através de uma parceria do Ministério da Saúde com os governos estaduais e as prefeituras.

Segundo o coordenador da intervenção federal na saúde do Rio, Sérgio Côrtes, os procedimentos para a implantação do Samu já estão sendo feitos mesmo sem a resposta da Secretaria de Saúde. Um exemplo disso seria a disponibilidade de 74 ambulâncias e de 891 profissionais para atuarem no programa.

"O que é importante é que, em nenhum momento, paramos com a implantação do Samu. Estamos fazendo a negociação ao mesmo tempo em que o Samu está sendo implantado. Se o estado disser que não tem condições nem interesse em implantar o serviço, nós não vamos começar do zero", disse Côrtes.

A capacitação dos profissionais que atuarão no serviço termina nesta semana. Côrtes disse que, se o Ministério assumir sozinho a implantação do Samu, o programa começará a funcionar entre os dias 21 e 30 deste mês.