Benedito Mendonça
Repórter da Agência Brasil
Brasília – "Alguns estados estão deflagrando a greve a partir de hoje e a tendência do movimento é se fortalecer mais", acredita Carlos Roberto dos Santos, diretor da Federação Nacional dos Sindicatos dos Trabalhadores em Saúde, Trabalho, Previdência e Assistência Social (Fenasps). Ele acredita que a greve deve continuar enquanto o governo não sinalizar com uma solução concreta.
Na visão de Carlos dos Santos, há várias pendências na área da a saúde e também das áreas do Trabalho e da Previdência que não foram atendidas. "A questão da carreira não está resolvida, a questão da carga horária também não, entre outros pontos em que não houve ainda solução", observou.
Conforme explicou o diretor de Formação Sindical da Fenasps, a greve não prejudica as pessoas como estão divulgando os ministérios. "É um direito nosso e estamos trabalhando também com a população. Tem uma carta aberta à população esclarecendo sobre a situação", reforçou ele, para quem "a gente não está indo para os postos e fechando sem dar uma solução e um esclarecimento para a população.
O líder sindical Santos lembra que estão sendo respeitados os 30% de serviços obrigatórios emergenciais exigidos pela Lei de Greve. "Na saúde vamos proceder o atendimento da emergência, da cirurgia e das perícias já marcadas", disse ele. De acordo com Santos, a paralisação da categoria já atinge a marca de 96% em todo o território nacional, sendo que Rio de Janeiro, São Paulo e Minas Gerais são os Estados onde a greve tem tido maior adesão.
Pelo lado do governo, segundo a assessoria de imprensa do ministério da Previdência e Assistência Social, um novo balanço da greve será divulgado hoje à tarde.