Servidores da Funai querem apresentar reivindicações e insatisfações a Thomaz Bastos

06/06/2005 - 16h29

Alessandra Bastos
Repórter da Agência Brasil

Brasília - Os servidores da Fundação Nacional do Índio (Funai) vão tentar entregar amanhã duas cartas ao ministro da Justiça, Márcio Thomaz Bastos. Os textos apresentam, respectivamente, as reivindicações e insatisfações dos funcionários em greve desde a semana passada.

Em princípio, uma comissão dos funcionários irá se concentrar no ministério a partir das 10h de amanhã (07). De acordo com o diretor do Sindicato dos Funcionários Públicos Federais (Sindsep-DF), Frederico Magalhães, se os servidores não forem recebidos "e for preciso um movimento forte, levaremos todo mundo". De acordo com o sindicato, das 45 unidades regionais da Funai, 40 paralisaram totalmente suas atividades.

Hoje pela manhã, em assembléia realizada em frente a Funai, os trabalhadores resolveram continuar a greve por tempo indeterminado. Segundo Frederico, há dois anos "se negocia um plano de carreira e o ministério do Planejamento sequer apresentou uma análise". Agora, os servidores só retornarão suas atividades "com a aprovação do plano", diz Magalhães.

Na quarta-feira, os servidores da Funai irão até o Congresso Nacional, onde pretendem se reunir com a Frente Parlamentar de Apoio e Defesa dos Direitos Indígenas para conseguir apoio às cartas.

De acordo com o diretor do Sindicato, em 1990, o quadro da Funai era composto por 5.800 funcionários para atender a 300 terras indígenas. Hoje são 2.050 para atender a 604 terras. Na sexta-feira, o presidente da Funai, Mércio Gomes, informou que será marcada uma reunião com o ministro do Planejamento, Orçamento e Gestão, Paulo Bernardo, para tentar resolver a situação.

Segundo ele, o encontro ainda não tem data definida e pode ser realizado nesta semana ou na próxima. Mércio afirmou ainda que apenas a sede da Funai está parada. "As regionais funcionam normalmente", disse ele.