Hospital Estadual Pedro II do Rio volta a atender emergências, após madrugada de greve

06/06/2005 - 14h41

Cristiane Ribeiro
Repórter da Agência Brasil

Rio – Depois de permanecer fechada durante a última madrugada, a emergência do Hospital Estadual Pedro II, em Santa Cruz, zona oeste do Rio de Janeiro, foi reaberta às 6h desta manhã. O atendimento, contudo, continua precário. Apenas dois médicos estão trabalhando, quando o normal seriam seis. A maternidade e a pediatria não voltaram a funcionar. Desde a semana passada, os médicos da rede estadual de saúde estão em greve porque não querem aderir ao sistema de cooperativas feito pelo governo do estado.

Eliane da Silva Teles, de 33 anos, chegou com a irmã Patrícia, de 22 anos com fortes dores no ventre e não conseguiu ser atendida. "Tem médico, mas falaram que não vão atender porque estão em greve. Mandou a gente para a Barra da Tijuca e a gente mora na Pedra e não tem condições de ir até outro hospital", reclamou Eliane.

Ainda pela manhã, o deputado Paulo Pinheiro, presidente da Comissão de Saúde da Assembléia Legislativa do Rio, esteve no hospital e constatou a falta de médicos. Segundo ele, o Pedro II atende em dias normais cerca de 1.100 pessoas por dia e, com a greve, o número de atendimentos não passa de 100.

No hospital Rocha Faria, em Campo Grande, também da rede estadual, cartazes colados na entrada da emergência indicavam que o setor estava fechado e que somente os casos muito graves seriam atendidos. O chefe da equipe médica, José Carlos de Souza, disse que dos nove clínicos plantonistas, seis estavam trabalhando e que não havia ortopedista.