Greve não deve prejudicar vacinação contra paralisia infantil, diz secretário

06/06/2005 - 18h44

Brasília, 6/6/2005 (Agência Brasil - ABr) - A greve dos servidores federais da área de saúde não deve prejudicar a Campanha Nacional de Vacinação contra a Paralisia Infantil, que será realizada no próximo sábado (11). Segundo o Ministério da Saúde, a vacinação ocorrerá normalmente. "A campanha vai ocorrer de maneira absolutamente normal. Temos 439 mil pessoas envolvidas na campanha, entre servidores federais, estaduais e municipais, que são a grande maioria, e voluntários", disse o secretário de Vigilância em Saúde, Jarbas Barbosa.

De acordo com Jarbas Barbosa, sábado, os 117 mil postos de saúde existentes no país estarão funcionando e fazendo a vacinação. Além desses, haverá "vários outros, abertos especificamente para esse dia, em associações de moradores, igrejas e lanchonetes".

De acordo com a Federação Nacional dos Sindicatos dos Trabalhadores em Saúde, Trabalho, Previdência e Assistência Social (Fenasps), a greve na saúde já atinge 96% do país. O Ministério da Saúde não confirmou os números. A federação lembrou que estão sendo respeitados os 30% de serviços obrigatórios emergenciais exigidos pela Lei de Greve.

O secretário Jarbas Barbosa garantiu que as mães podem levar as crianças aos postos sem preocupação. "As mães devem levar as crianças. Não há nenhuma justificativa para as mães deixarem de garantir que toda criança brasileira com menos de cinco anos aproveite a oportunidade para tomar essa proteção extra contra a poliomelite", disse ele.

Esta será a primeira fase da campanha. A segunda está prevista para 20 de agosto. A meta do Ministério da Saúde é vacinar todas as 17,3 milhões de crianças brasileiras com menos de cinco anos de idade.

Estão sendo investidos R$ 22,8 milhões para a campanha nacional: R$ 11,4 milhões para compra de 27,9 milhões de doses da vacina Sabin; R$ 5 milhões para a campanha publicitária, que nesta edição tem o lema "Vence mais uma, Brasil"; e R$ 6,4 milhões, que serão repassados a fundos estaduais e municipais de saúde para operacionalização da campanha.