Lupi Martins
Repórter da Agência Brasil

Porto Alegre - No terceiro dia de greve dos previdenciários no Rio Grande do Sul as seis agências do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) em Porto Alegre estão fechadas. Funcionam apenas o expediente interno e a realização das perícias médicas agendadas. A adesão aumentou no interior do estado: os servidores de Bagé e Jaguarão pararam nesta segunda-feira.

Segundo o presidente do Sindicato dos Trabalhadores da Saúde, Trabalho e Previdência do Rio Grande do Sul (Sindisprev/RS), Giuseppi Finco, "a tendência é de aumento da adesão, enquanto o governo federal não apresentar soluções concretas, no papel, para as reivindicações da categoria. O fato positivo é que as negociações estão em andamento. Quando tivermos em mão as propostas, faremos uma assembléia de avaliação mas ,enquanto isso não acontecer ,a greve continua", garantiu.

De acordo com o superintendente do INSS no estado, Delmar Joel Eich, a adesão na capital é de 50%, com a manutenção dos serviços internos . Na grande Porto Alegre, 20% dos funcionários estão parados e no interior, apenas 15% não estão trabalhando.

Os previdenciários reivindicam a implantação do plano de carreira e a retirada da Medida Provisória que alterou os cálculos de benefício como o auxílio-doença e acidentes de trabalho e melhores condições de trabalho. "Embora o governo diga o contrário, nós não temos plano de carreira. Para servidores concursados que entraram há dois anos no Instituto, o edital do concurso dizia que a jornada de trabalho era de 40 horas. Quem entrou agora, em fevereiro, o edital já é de 30 horas. Isso já é uma demonstração de que nem a carga horária está definida nesse plano de carreira", explicou Eich.