Ana Paula Marra
Enviada especial
Fort Lauderdale (EUA) - As autoridades que participaram da abertura da 35ª Assembléia Geral da Organização dos Estados Americanos (OEA) neste domingo (5), em Fort Lauderdale, nos Estados Unidos, defenderam o aprofundamento da democracia como forma de combater a exclusão social.
O secretário-geral da OEA, Miguel Insulza, falou em cooperação internacional para superar "as desigualdades e abrir caminhos para a prosperidade". Ele reiterou que, à frente do cargo, vai dedicar "amplos" esforços neste sentido. O chileno Insulza assumiu o posto recentemente.
Todos enfatizaram a importância do cumprimento da Carta Democrática Interamericana, aprovada pelos países representantes da OEA em 2001. A carta afirma que "a democracia representativa é indispensável para a estabilidade, a paz e o desenvolvimento da região".
Em seu discurso, a secretária de Estado dos Estados Unidos, Condoleezza Rice, também defendeu uma agenda para fortalecer a democracia em países mais pobres. Para Condoleezza, o cumprimento da Carta Democrática é essencial para "fortalecer a democracia aonde ela é fraca, como na Bolívia, no Equador e no Haiti". Segundo ela, "as instituições democráticas desses países têm, talvez, raízes rasas e frágeis".
Para Condoleezza, como membros da OEA, os 34 países (todos das Américas, com exceção de Cuba) ganharam "seu justo lugar". Mas, afirmou que ainda há um lugar vazio à mesa: "um lugar que um dia será preenchido pelos representantes de uma Cuba livre e democrática".
O tema da Assembléia Geral da OEA, que acontece até a próxima terça-feira (7), é "Tornando Realidade os Benefícios da Democracia". O ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim, participa do evento como representante do governo brasileiro. Nesta segunda-fera, é a vez do
ministro falar aos participantes da reunião. Ele deve reafirmar o compromisso do governo brasileiro de contribuir para fortalecer a democracia nas esferas nacional e internacional.