Arthur Braga
Repórter da Agência Brasil
São Paulo – "Agora posso dar um lar para minha filha de 19 dias", disse Alex Rogério DeLucca, de 30 anos, ao receber hoje (4), em Diadema (SP), apartamento financiado pelo Programa de Arrendamento Residencial (PAR), da Caixa Econômica Federal. O novo proprietário de um dos apartamentos do Conjunto Residencial Serra Dourada I levou a mulher, Jaqueline, e a recém nascida, Fernanda, para a solenidade, realizada no próprio conjunto residencial. Segundo Jaqueline, a sensação da casa própria representa "uma felicidade muito grande". O objetivo agora, acrescentou, é dar um lar feliz para a filha.
Alex disse que procurou seguir à risca o preenchimento dos dados pedidos pela Caixa Econômica Federal (CEF), responsável pelo financiamento. Ressaltou que o processo não foi demorado, durou cerca de 60 dias desde sua ida à Secretaria de Habitação do município e a entrega dos documentos na Caixa.
Adriana Rufino dos Santos, de 24 anos, também levou os dois filhos, um de quatro anos e outro de dois, à solenidade de entrega do Cartão Bolsa-Família, realizada no mesmo local da entrega do PAR e do Programa de Subsídio à Habitação de Interesse Social com Financiamento (PSH).
"Vou comprar agasalhos para meus filhos porque no frio é muito difícil e eles não têm muita roupa", disse. Acrescentou que o marido ganha pouco "catando ferro velho na rua", e o dinheiro só dá para pagar o aluguel e sustentar a casa.
De acordo com a Secretaria de Assistência Social e Cidadania, na solenidade de hoje, com a participação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e do ministro do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, Patrus Ananias, foram entregues 100 cartões. Outros 1.400 serão distribuídos à população na próxima semana.
Zélia Alcina, de 37 anos, recebeu o certificado de posse de um terreno, que faz parte dos cinco loteamentos onde residem 755 famílias em Diadema. Ela manifestou preocupação com a possibilidade de perder a casa que foi construída desde 1998 "com muita dificuldade", por não estar com a situação legalizada. "Poder morar no próprio teto com a família, sem ser em área de risco, é uma grande conquista", declarou. Ela disse também que perdeu vários empregos por não ter um endereço fixo.