Servidores da Fiocruz fazem manifestação contra redução de salários

02/06/2005 - 11h14

Daisy Nascimento
Repórter da Agência Brasil

Rio - Os funcionários da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) fazem uma manifestação em frente à sede do órgão, contra a redução nos salários. Eles contestam uma decisão do Tribunal de Contas da União (TCU), que determinou a suspensão do pagamento da vantagem pessoal de dedicação exclusiva, que varia de R$ 6 a R$ 250, recebida há mais de 10 anos por 1.506 funcionários.
A decisão foi tomada em outubro de 2004 e confirmada em março deste ano.

Os manifestantes também reclamam de outro acórdão do TCU, que questiona o pagamento de insalubridade de 10% do valor dos salários pagos a um grupo funcionários da área administrativa.
Segundo o diretor-geral da Associação dos Servidores da Fundação Oswaldo Cruz, Rogério Lanes Rocha, a decisão do TCU foi "aleatória" já que não teve como base um laudo técnico que justificasse o fim do pagamento. "Cabe à Fiocruz dizer quais os funcionários estão expostos à situação de insalubridade", acrescentou o diretor-geral.

Os funcionários da Fiocruz, que são vinculados ao Ministério da Ciência e Tecnologia, também estão apoiando o movimento dos servidores púbicos federais contra o reajuste de 0,1% dado pelo governo em janeiro deste ano. Além disso, eles aguardam o cumprimento da promessa feita pelo governo de equiparar os salários dos pesquisadores do ministério aos vencimentos dos técnicos da área econômica.

Rógerio Lanes disse que 531 funcionários da Fiocruz, um sexto do total de servidores, recebem 25% menos que os outros. Eles pedem uma gratificação temporária que corresponde a 26% dos salários atuais. De acordo com os representantes dos trabalhadores, a manifestação de hoje é um alerta que pode se transformar em greve caso as negociações não sejam consideradas satisfatórias pela categoria.