Greve do INSS tem adesão de 96% dos servidores de São Paulo

02/06/2005 - 14h32

Flávia Albuquerque
Repórter da Agência Brasil

São Paulo - A greve dos servidores do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), iniciada na manhã de hoje (2), já paralisou as atividades de 96,29% dos funcionários da capital. O balanço parcial é da superintendência do INSS em São Paulo. Das 27 unidades de atendimento, 22 não funcionaram, quatro atenderam o público parcialmente e uma prestou seus serviços normalmente. Na grande São Paulo, a adesão à greve foi de 38,46%. Das 13 agências, quatro permaneceram fechadas, uma atendeu o público parcialmente e oito prestaram seus serviços normalmente.

Segundo o diretor do Sindicato dos Trabalhadores em Saúde e Previdência no estado de São Paulo (Sinsprev-SP), Laércio Duque de Lemos, 85% dos funcionários da capital aderiram à greve. Ele informou que o comando de greve se reunirá às 16h para fechar o balanço do dia. Na avaliação de Lemos, o balanço da greve até o momento é positivo. "A população não está contra porque está entendendo as causas e sabe que a greve é para pressionar o governo para que o atendimento e a qualidade do atendimento à população melhore".

Lemos ressaltou que a greve só terminará quando o governo apresentar uma proposta adequada aos servidores. "Está nas mãos do ministro da Previdência e Assistência Social, Romero Jucá", disse o sindicalista.

O ministro do Planejamento, Paulo Bernardo, afirmou que o governo pretende centralizar as negociações com os servidores públicos federais que entraram em greve. Após se reunir com representantes dos servidores, o ministro disse que ainda este mês serão retomados os trabalhos na Mesa Nacional de Negociação Permanente.