Lucas Parente
Da Agência Brasil
Brasília - Cerca de 34 pessoas mantidas em regime de trabalho análogo à escravidão foram libertadas hoje (2) em Correntina (BA). Uma ação conjunta entre fiscais da Delegacia Regional do Trabalho da Bahia (DRT) e do Ministério do Trabalho e Emprego encontrou os trabalhadores alojados em condições precárias em uma carvoaria da fazenda São José.
As camas dos trablhadores, segundo relato dos fiscais, eram improvisadas em cima de lenhas e muitas nem tinham colchão. Não havia banheiro nem água potável. Eles trabalhavam sem equipamentos de proteção e não eram registrados.
De acordo com o auditor fiscal do Trabalho da DRT da Bahia Flávio Souza, no local não havia o mínimo de respeito ao ser humano: "A cena era horrível. Por isso, a ação mereceu um rigor maior por parte do Ministério Público do Trabalho".
Depois de libertados, todos receberam carteira de trabalho provisória e cerca de R$ 1.000 cada um. Em seguida, foram levados para suas cidades de origem. O proprietário da fazenda fica a partir de agora sujeito às determinações da Justiça, por meio do Ministério Público do Trabalho.