Engenharia do Exército enviará 150 militares para recuperar infra-estrutura do Haiti

02/06/2005 - 14h01

Yara Aquino
Repórter da Agência Brasil

Brasília - Uma companhia de engenharia do exército composta por 150 militares embarca no dia 9 de junho para o Haiti. Os militares vão realizar obras de infra-estrutura no país como parte da Missão das Nações Unidas para a Estabilização do Haiti (Minustah).

Segundo o coronel Américo Valdetaro, do Departamento de Engenharia de Construção do Exército, os militares vão trabalhar na recuperação de estradas, pontes, pistas de pouso, escolas, hospitais e também na perfuração de postos artesianos e tratamento e purificação de água. A companhia leva consigo uma usina de asfalto, material para pavimentação e construção de estrada, além de materiais de construção e também suprimentos para a companhia. O custo total da operação é de R$ 21 milhões. Segundo o coronel, o valor será ressarcido pela Organização das Nações Unidas (ONU). O dinheiro foi gasto na compra dos equipamentos e materiais de construção e também com suprimentos para os militares.

A previsão é de que os trabalhos durem seis meses. O coronel explica que isso não significa que a missão acabe nesse prazo. "Quando enviamos tropa para missão de paz ela fica por seis meses. Nosso planejamento é substituir essa tropa caso a missão continue". Ele conta que os militares que fazem parte da companhia passaram por uma preparação de cerda de seis meses para adaptar o trabalho as necessidades que serão encontradas no Haiti. Desde o dia 25 de maio um destacamento precursor da companhia está no país para fazer o reconhecimento do que será executado. As obras necessárias ao país são identificadas pela Organização das Nações Unidas (ONU).

O Haiti é o país mais pobre da América Central. Desde fevereiro do ano passado vive uma nova crise de instabilidades políticas, quando o então presidente Jean-Bertrand Aristide deixou o país e asilou-se na África do Sul. O presidente da Suprema Corte, Bonifácio Alexandre, assumiu a presidência, interinamente.

Nesse período, a ONU foi convocada para apoiar a transição política e manter a segurança interna. Para isso, foi formada a Minustah, que assumiu em 1 de junho de 2004. Além do Brasil, Argentina, Benin, Bolívia, Canadá, Chade, Chile, Croácia, França, Jordânia, Nepal, Paraguai, Peru, Portugal, Turquia e Uruguai compõem a missão.