Pobreza é maior causa de mortalidade materna e de crianças, mostra Ipea

01/06/2005 - 16h50

Irene Lôbo
Repórter da Agência Brasil

Brasília – A mortalidade infantil e materna, a crescente elevação da mortalidade por doenças não transmissíveis e a elevada taxa de mortalidade por acidentes e por violência foram os principais problemas de saúde dos brasileiros apontados na pesquisa divulgada pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea).

Em 2002, segundo dados da Rede Interagencial de Informações para a Saúde (Ripsa), a taxa de mortalidade infantil (crianças que morrem com menos de um ano de vida) era de 25,1 por mil nascidas vivas no Brasil. A taxa de mortalidade materna, no mesmo ano, foi estimada em 73,1 por 100 mil nascidos vivos.

Os problemas associados pela pesquisa à mortalidade materna e de crianças são as condições de pobreza da população e as dificuldades de acesso a serviços de saúde de boa qualidade e a um saneamento adequado.

Já as mortes por doenças não-transmissíveis, como câncer, infarto, acidentes vasculares cerebrais e diabetes representam atualmente cerca de metade das mortes no país. De acordo com a pesquisa, resultam de estilos de vida inadequados, como má alimentação, pouca atividade física e condições estressantes de trabalho.

Mais de 80% das mortes atingem os homens brasileiros, principalmente na faixa etária de 20 a 39 anos, responsável por 50% das mortes causados por acidentes, homicídios e suicídios. Em 2002, as mortes causadas por essas três situações representavam 14,9% do total de mortes no país.