Érica Santana
Repórter da Agência Brasil
Brasília - A Organização Internacional do Trabalho (OIT) lançou nessa terça-feira (31), em Brasília, o "Manual de Capacitação e Informação sobre Gênero, Raça, Pobreza e Emprego". A publicação trata da incorporação das questões de gênero e raça em políticas públicas de erradicação da pobreza e geração de emprego.
"É um manual muito interessante porque discute as questões de gênero e das mulheres; traz a discussão de conceitos sobre a discriminação racial no Brasil , indicadores de pobreza e emprego no país e no mundo; a questão da organização dos trabalhadores , do crédito e de todas as formas de superar a pobreza", explicou a coordenadora do Projeto Gênero, Raça, Pobreza e Emprego da Organização Internacional do Trabalho (OIT), Solange Sanches, em entrevista ao programa Revista Brasil.
O guia foi produzido na Europa e adaptado para a América Latina e é composto por oito módulos de textos conceituais e experiências práticas para subsidiar gestores e entidades de classe – trabalhadores e empregadores- no combate à discriminação racial e de gênero e a criar igualdade de oportunidades independentemente da cor, sexo ou origem social. De acordo com a coordenadora, esse manual, ainda que feito fora do Brasil, traz um componente específico. "Ele foi adaptado para o Brasil e também introduz a questão racial, um diferencial que o escritório da OIT trouxe para o Brasil, diferentemente do que foi produzido anteriormente".
Os dois primeiros módulos abordam os temas "Tendências, Problemas, Enfoques: Um Panorama Geral" e a "Questão Racial, Pobreza e Emprego no Brasil: Tendências, Enfoques e Políticas de Promoção da Igualdade". Outro módulo trata exclusivamente da questão racial; e os demais falam sobre trabalho decente, formação profissional, acesso aos meios de produção e maneiras de superar a pobreza. "A idéia é que ele seja uma ferramenta e que as pessoas possam utilizá-lo da maneira como acharem mais conveniente, usando conteúdos que interessem para suas ações específicas. É um instrumento de trabalho tanto para gestores públicos como para dirigentes sindicais por meio do qual ele podem inserir a questão de gênero e raça nas suas ações".
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DFM