Danielle Coimbra
Da Agência Brasil
Brasília - O desembargador do Tribunal de Justiça de Minas Gerais, Edelberto Santiago, negou ontem (31) pedido de habeas corpus para o fazendeiro Adriano Chafik Luedy, acusado de ser o mandante do assassinato de cinco trabalhadores rurais sem terra, no dia 20 de novembro passado na fazenda Terra Prometida, zona rural de Felisburgo, em Minas Gerais.
O desembargador considerou que a liminar precisa ser julgada também pela 1ª Câmara Criminal e pediu mais informações ao juiz de 1ª Instância. Em seu pedido de habeas corpus, Adriano Chafik afirma que a decretação de sua prisão preventiva não está bem fundamentada e que não há nenhum ato que o incrimine.
Além de Chafik, o Ministério Público havia solicitado que outros três acusados – Milton Francisco Souza, Admilson Rodrigues Lima e Francisco de Assis Rodrigues – voltassem a aguardar o julgamento na cadeia. A solicitação não foi aceita e eles continuam respondendo ao processo em liberdade. Das 15 pessoas denunciadas pela chacina, apenas Washington Agostinho da Silva permanece preso. Outros dez acusados continuam foragidos.
Em dezembro do ano passado, a Justiça da comarca de Jequitinhonha decretou a prisão preventiva de Chafik, mas o pedido de habeas corpus foi concedido pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ). Em abril, o juiz Armando Ghedini Neto decretou novo mandado de prisão preventiva, prevendo a possibilidade de que novos conflitos aconteçam no município de Felisburgo.