Ex-presidente do Banestado foi condenado a seis anos de prisão, informa Procuradoria da República

01/06/2005 - 17h57

Lúcia Nórcio
Repórter da Agência Brasil

Curitiba – A Procuradoria da República no Paraná informou hoje que o ex-presidente do Banestado, Manoel Campinha Garcia Cid, foi condenado a seis anos de prisão. Além disso, ele terá de pagar a multa de R$ 1,125 milhão. Cid foi diretor-presidente do Banestado entre 1997 e 1999, e foi denunciado pela Força Tarefa CC5 do Ministério Público Federal em setembro de 2004 – com mais 61 pessoas –, por crime contra o sistema financeiro nacional.

Os denunciados fizeram uma série de operações de crédito irregulares, que beneficiaram 107 empresas. Tais operações envolveram clientes com restrições cadastrais ou dados cadastrais incompletos e sem garantias (ou garantias insuficientes) e empréstimos acima dos limites estipulados pelo banco. São também acusados de renovar operações de recuperação duvidosa, com incorporação de encargos e sem reforço de garantias.

O Ministério Público Federal denunciou ainda a concessão de descontos sobre o saldo devedor de operação de crédito a clientes com histórico de inadimplência, sem que fossem esgotados todos os procedimentos usuais para reaver os recursos emprestados e sem fundamentar, em estudo indicativo, de que tal desconto era benéfico para o banco.

Cada empresa envolvida foi investigada individualmente com base em documentos encaminhados à Procuradoria pelo Banco Central.