Especial 6 - Banco do Brasil elogia atuação de cooperativas de crédito para agricultores familiares

01/06/2005 - 9h30

Spensy Pimentel
Repórter da Agência Brasil

Brasília – Reinaldo Yokoyama, gerente executivo da Diretoria de Agronegócios do Banco do Brasil, elogia o papel das cooperativas de crédito rural: "São estruturas que nos permitem ampliar nosso poder de atuação, chegar aos agricultores de forma mais rápida e eficiente".

Segundo Yokoyama, o BB chega hoje a agricultores de 1,5 mil municípios por meio das cooperativas. O banco já tem convênio com oito centrais cooperativas para o repasse dos empréstimos do Pronaf (Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar). "Transferimos o crédito que faríamos na conta corrente do agricultor diretamente para a conta dele na cooperativa", explica.

Ele diz que na safra 2004/5 foram transferidos R$ 260 milhões do Pronaf desta forma, entre os R$ 4,1 bilhões que o Banco do Brasil operou do programa nesse período. O número não inclui o crédito agrícola repassado para cooperativas de grandes e médios produtores, nem os convênios diretos do Ministério do Desenvolvimento Agrário com outras cooperativas.

Yokoyama também responde às críticas ao Pronaf de Vanderley Ziger, diretor presidente da Associação do Cooperativismo de Crédito Familiar e Solidário. Ziger havia criticado o Pronaf por condicionar a concessão de empréstimo a um "pacote tecnológico" em termos de insumos agrícolas. O gerente do BB explica que a agricultura orgânica envolve uma certificação regulada pelo Ministério da Agricultura, de acordo com padrões internacionais.

Segundo Yokoyama, para os pequenos agricultores, que nem sempre podem alcançar os padrões necessários à certificação, o Ministério do Desenvolvimento Agrário criou a definição de "produção agroecológica", que possibilita o acesso a linhas específicas do Pronaf. O gerente justifica o rigor dessas definições pelo fato de que esses empréstimos estão vinculados ao acesso ao seguro agrícola.