Dirceu diz que juros vão baixar quando inflação diminuir

01/06/2005 - 15h39

Benedito Mendonça
Repórter da Agência Brasil

Brasília – O ministro da Casa Civil, José Dirceu, disse hoje (1) que o Brasil tem condições de crescer mais do que 4% esse ano e vai criar mais de 1,5 milhão de empregos. "Esse não é um crescimento baixo", observou ele, lembrando que em 2003 "todos diziam que a política de juros ia inviabilizar o crescimento do país".

Segundo ele, a autoridade monetária adotou a política de juros quando ela era necessária, depois reduziu os juros e o país cresceu 5,2% em 2004. "Então, devagar com o andor", disse, reforçando que os juros estão aí para combater a inflação e o governo está fazendo a parte dele. "Temos que aguardar o resultado da inflação, que a autoridade monetária vai adotar o comportamento de reduzir juros quando a inflação arrefecer", assegurou.

Dirceu afirmou que o país está vivendo uma fase de forte exportação e crescendo em investimentos também fortes. O ministro admitiu que o câmbio é um problema circunstancial para o setor siderúrgico, mas que não acredita que os juros sejam um empecilho ao crescimento do setor. Na opinião de José Dirceu, o setor siderúrgico tem acesso a créditos internacionais, a financiamento do BNDES e, portanto, "é um setor que, de certa forma, não é imediatamente afetado pela taxa de juro". O ministro participou da posse do novo diretor do Instituto Brasileiro de Siderurgia (IBS), Luiz André Rico Vicente.

Sobre o câmbio, o ministro assinalou que este é um momento de apreensão do setor siderúrgico, mas disse não ver que a médio prazo isso vai ser um problema. "O país está exportando, as exportações estão crescendo e o mercado internacional continua crescendo."

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