Segurança impede mulheres de militares de entrar no Palácio do Planalto

31/05/2005 - 18h41

Nelson Motta
Repórter da Agência Brasil

Brasília – Mulheres de militares que faziam um protesto por reajuste salarial para as Forças Armadas tentaram entrar hoje à tarde no Palácio do Planalto. A segurança teve que agir rápido para conter o grupo de mulheres, que chegou a se aproximar do espelho d’água próximo ao palácio. Uma delas passou mal e foi atendida pelo Corpo de Bombeiros. "Ela sofre de epilepsia", gritava outra manifestante.

"A mulher que passou mal, Jaqueline Macedo, é esposa de um sargento do Exército", informou Ângela Macedo, primeira-secretária da União Nacional das Mulheres de Militares das Forças Armadas. "Eu sofro de epilepsia. Me senti mal e cai", disse Jaqueline, depois de ser atendida, dentro de um carro do Corpo de Bombeiros.

O tumulto envolvendo as manifestantes e os soldados da Polícia Militar que fazem a segurança no palácio durou cerca de 10 minutos. Tudo começou quando um grupo de 20 mulheres tentou entrar no Planalto para entregar um documento ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Fazendo muito barulho, com apitos, faixas e tambores, elas se aproximaram do prédio.

O objetivo era chamar a atenção do governo para o reajuste salarial de 23% que, segundo o grupo, foi prometido para o Exército, Marinha e Aeronáutica. "Nosso movimento não vai desistir enquanto não entregar esse documento ao presidente Lula", disse Ivone Luzardo, presidente da União Nacional das Mulheres dos Militares.