Daisy Nascimento
Repórter da Agência Brasil

Rio - Os preços do grupo Alimentação registraram queda de 0,16 ponto percentual na inflação medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Semanal (IPC-S) de 23 de maio, em relação à taxa divulgada no dia 15, passando de 1,40% para 1,24%. Os maiores impactos foram o arroz e feijão (de 2,79% para 2,44%), frutas (-3,28% para - 4,94%), adoçantes (3,93% para 2,44%) e laticínios (2,46% para 1,92%).

Alguns produtos derivados de trigo e de soja, cujas safras sofreram o efeito da seca no Sul do país, também apresentaram redução nos preços - entre eles a farinha de trigo (3,04% para 2,56%) e óleo de soja (1,35% para 0.80%). De acordo com a pesquisa divulgada hoje (31) pela Fundação Getúlio Vargas (FGV), os efeitos climáticos sobre a produção estão passando.

O setor de Transportes apresentou desaceleração de 0,35%, e foi puxado principalmente pelas tarifas de ônibus, que passaram de 2,26% para 1,46%, e álcool combustível (-0,81% para –2,36%).

O maior aumento foi verificado nos preços do grupo Habitação, que passou de 0,84% para 0,87%. Esse acréscimo, segundo a FGV, deve-se ao impacto do reajuste do salário mínimo nos salários dos empregados domésticos, que variou 1,44% contra 1,17% da última apuração. Os reajustes nas tarifas de energia elétrica (de 3,18% para 3,31%), principalmente em Salvador e Recife, também tiveram impacto negativo sobre o IPC-S de 23 de maio.

Entre as sete capitais que integram a pesquisa, Belo Horizonte, Brasília e Porto Alegre registraram os maiores aumentos. O Rio de Janeiro ficou e 5º lugar, enquanto São Paulo registrou a menor inflação durante o período; na capital paulista o IPC-S caiu de 0,92% para 0,85%. Os dados foram coletados entre os dias 24 de abril a 23 de maio de 205, e comparados preços coletados entre 24 de março a 23 de abril deste ano.