Marli Moreira
Repórter da Agência Brasil
São Paulo - Os dois dias sem funcionamento do maior entreposto de hortifrutigranjeiros da América Latina, por causa das últimas enchentes ocorridas na semana passada, na capital paulista, e a perda dos produtos atingidos resultaram num prejuízo financeiro de R$ 4,9 milhões. A quantidade de alimentos estragados chegou a 1.700 toneladas. O balanço foi divulgado hoje pelo presidente da Companhia de Entrepostos e Armazéns Gerais de São Paulo (Ceagesp), Valmir Prascidelli.
Segundo Prascidelli, a área já foi totalmente limpa e não existe qualquer possibilidade de terem saído dali frutas, verduras e legumes contaminados pelas águas sujas. "Não há qualquer risco de contaminação", garantiu o presidente da companhia, referindo-se aos produtos revendidos pelo comércio varejista, principalmente, nas feiras-livres.
Os boxes e a maioria das instalações da Ceagesp, que fica em Vila Leopoldina, na zona oeste, próximo à divisa com o município de Osasco, na Grande São Paulo, ficaram alagados durante o temporal que caiu, na véspera do feriado prolongado de Corpus Cristhi, no último dia 25.
A Ceagesp calcula que sejam necessários R$ 600 mil para a limpeza de bocas de lobo, recomposição da massa de asfalto e manutenção do sistema elétrico entre outros itens de infra-estrutura. Para substituir equipamentos danificados na administração como computadores, mesas e armários, são estimados gastos de R$ 200 mil.
Em nota, a Ceagesp informa que, inicialmente, não houve alta alteração de preços, mas alerta que condições climáticas e de demanda sempre influem nas cotações.