Liésio Pereira
Repórter da Agência Brasil
São Paulo - O faturamento do comércio varejista na região metropolitana de São Paulo aumentou 5,51% em abril, na comparação com o mesmo mês do ano passado, revelou pesquisa da Federação do Comércio do Estado de São Paulo (Fecomércio-SP). Em nota, os economistas da entidade, avaliam que os segmentos que dependem mais de crédito do que da renda do consumidor tiveram melhor desempenho, como os que são ligados ao setor automotivo. Em contrapartida, entre todos os setores do comércio, apenas os supermercados e as lojas de móveis e decorações não registraram aumento em abril.
As concessionárias de veículos tiveram alta de 33,54% no último mês, na comparação com abril de 2004. Os economistas da Fecomércio-SP avaliam que o crédito é o responsável pelo desempenho deste setor, uma vez que "quase um terço dos recursos de empréstimos destinados às pessoas físicas no país vem sendo direcionados para o financiamento de automóveis". As lojas de autopeças e acessórios também acompanham esta tendência, segundo os técnicos da Federação, registrando aumento de 30,56% em relação a abril do ano passado.
Dos segmentos pesquisados, entretanto, o melhor desempenho foi de vestuário, tecidos e calçados, com uma elevação de 39,43% em abril, na comparação com o mesmo mês do ano passado. Segundo a Fecomércio-SP, o resultado dá seqüência à recuperação do segmento.
Em contrapartida, o setor de supermercados registrou queda de 10,45% em relação a abril de 2004. Este resultado, segundo os técnicos da Fecomércio-SP, é explicado porque o setor "depende diretamente da renda do consumidor". Além disso, eles ressaltam que a base de comparação influenciou o desempenho, uma vez que "a Páscoa – que garante o segundo melhor mês do ano para essas lojas – ocorreu em março, enquanto no ano passado foi comemorada em abril".
O setor de móveis e decorações fechou abril com queda de 5,69% no faturamento em relação ao mesmo mês de 2004. Os técnicos da Fecomércio-SP destacam que "a aparente recuperação verificada no segmento em março, quando apresentou estabilidade, após uma longa seqüência de queda, não se confirmou em abril".
Nos demais setores, foram constatadas as seguintes elevações em relação a abril de 2004: farmácias e perfumaria (17,05%), lojas de eletrodomésticos (15,89%), lojas de eletroeletrônicos e cine-foto-som (14,53%), lojas de departamentos (9,76%) e materiais de construção (0,87%).
